Jay, meu cliente amiguinho

Vou aproveitar que falei ontem do Paul para contar a história de um outro cliente fixo que também gosta de "crossdressing". Diferentemente do Paul, que gosta de se vestir de mulher para se sentir humilhado no contexto sexual, Jay é um garoto de mais ou menos 25 anos, com ascendência asiática e que também gosta de se vestir de mulher, mas por motivos bem diferentes.

A primeira vez que eu me encontrei com Jay, para vender a minha calcinha usada, ele me pagou a mais para me ver tirá-la na frente dele. Como eu não estava disposta a ir a nenhum lugar privado ou até mesmo semiprivado para vender calcinha (dentro de um carro ou do próprio banheiro do Starbucks, exemplos comuns de propostas que já recebi), falei que poderíamos nos encontrar no estacionamento aberto do complexo de lojas que o Starbucks ficava e, no meio dos carros estacionados, eu poderia tirar rapidamente a minha calcinha na frente dele.

Ele aceitou e tudo ocorreu exatamente como eu tinha proposto no email, exceto a parte em que ele mostrou que, por debaixo de sua calça, ele usava uma calcinha branca estilo fio-dental. Ele, claro, me pegou de surpresa e eu fiquei muito curiosa sobre aquilo. Ele me disse que usava frequentemente não só calcinha, mas lingerie e roupa feminina de uma forma geral. Ele compra muita calcinha, muito sutiã, muita meia, muito sapato de salto alto, muita saia... muita roupa de mulher!

Segundo ele, eu e algumas vendedoras das suas lojas preferidas são as únicas pessoas que sabem dessa sua obsessão. Elas já o conhecem e ele entra no provador das lojas femininas sem problema nenhum para provar as peças. Ele não é só obcecado por se vestir de mulher, mas de sair para ver roupas femininas e comprar. Nos nossos últimos encontros, ele sempre tem levado algum presentinho para mim. Já ganhei dele vestidos, calcinhas, meias e até sapatos de salto alto! Ele me diz que sai para comprar coisas para ele e, quando ele vê algo que é bem pequeno, ele se lembra de mim e compra junto com as suas coisas.

Uma vez, ele disse que viu um vestido muito bonito que ele gostaria de comprar, mas que ele não tinha muito corpo para usá-lo, então, decidiu comprar para mim, porque ainda não tinha me visto de vestido, e vestidos, segundo ele, caem muito bem nas pessoas. Sempre conversamos sobre roupa e lingerie. E, em todos os encontros, ele quer comprar a minha calcinha usada e me mostrar um novo "look".

Ele passou então a me encontrar usando um casaco sobretudo e, por debaixo dele, sempre tinha um visual completo, sem se esquecer de nenhum detalhe. Às vezes, ele se vestia com alguma lingerie, usando calcinha, corpete, cinta-liga e salto alto. Outras vezes, ele usava saia com alguma blusa bem feminina e, por debaixo, sempre uma calcinha fio-dental e sutiã, tudo com muita renda.

Sempre achei o Jay uma pessoa muito interessante e diferente. Ele disse que, provavelmente, tem mais roupas femininas do que masculinas, apesar de só usar as femininas em casa - em frete ao espelho - e para se encontrar comigo. Ele disse que, quando era adolescente, ele viu uma menina da sua idade usando uma minissaia e abaixando para pegar algo no chão. Ele conseguiu ver um pouco da sua calcinha naquele momento e ela estava usando uma calcinha fio-dental. Esse dia foi quando ele não apenas se sentiu excitado, mas também percebeu como ele achava bonito e sexy uma menina usando fio-dental e como ele queria sentir aquela sensação sexy. Depois desse dia, ele passou a comprar muitas calcinhas e lingerie. Tudo para se sentir mais sexy em frente ao espelho.

Hoje em dia, a gente ainda se encontra de vez em quando para eu vender a minha calcinha usada e para ele me mostrar o seu mais novo "look". Às vezes, antes de a gente marcar, ele me pergunta se eu tenho alguma preferência em relação à roupa que ele irá usar. Eu sempre dou a minha opinião. E, na maioria das vezes, ele me manda um email quando ele vai às compras, para me dizer e me mandar fotos das suas novas aquisições.

Na época de Halloween, é a única ocasião que ele diz que pode usar seus modelitos femininos sem se preocupar com o preconceito dos outros. Como todo mundo sabe, a maioria das pessoas gosta de viver no clichê e tem mania de se sentir superior a qualquer pessoa que fuja da mesmice e da estagnação cotidiana.

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